Caracterização mineralógica e beneficiamento do caulim de Equador (RN) e Junco do Seridó (PB) visando a elevação de índice de alvura

Abstract

Caulim é a rocha cujo principal constituinte é a caulinita. É usado principalmente nos segmentos de papel e cerâmica. Em algumas localidades do Brasil, como em Junco do Seridó (PB) e Equador (RN), o caulim ainda é explorado de forma rudimentar, o que é consequência de plantas de beneficiamento pouco eficientes e de estudos insuficientes sobre o minério. O objetivo do trabalho foi a caracterização mineralógica e tecnológica do caulim dessas regiões com enfoque na elevação de índice de alvura. Duas amostras de Equador (RN) e uma de Junco do Seridó (PB) foram submetidas à classificação granulométrica a úmido em 44 µm, separação magnética em campo de 14000 Gauss e alvejamento químico com ditionito de sódio. As frações foram estudadas pelas técnicas de difratometria de raios X, análise química por fluorescência de raios X, análise granulométrica, microscopia eletrônica de varredura e pela determinação de índice de alvura. As três amostras são compostas por caulinita, muscovita, quartzo e feldspato e apresentaram rendimentos de 19,49 e 21,96% nas amostras de Equador (RN) e de 61,28% nas amostras de Junco do Seridó (PB). A separação magnética foi responsável pelos aumentos de 78,2 para 78,5% e 91,3 para 92,5% no índice de alvura das amostras de Equador (RN) e na não alteração de 86,9% da amostra de Junco do Seridó. Já os 30 minutos iniciais de alvejamento químico foram responsáveis pelas elevações de 78,5 para 90,9%, 92,5 para 93,8% e de 86,9 para 88,4%, respectivamente. Tais resultados indicam que é possível remover conteúdos de óxidos e hidróxidos de ferro através de separação magnética e alvejamento químico promovendo aumentos no índice de alvura do caulim, embora ocorram diferenças nas eficiências das duas metodologias.